MANUEL PINA FERREIRA


segunda-feira, 20 de junho de 2016

Entrevista de Manuel Pina Ferreira ao Seleccionador Nacional Sub-20 - Pedro Palas

No intervalo, do jogo entre o Boavista e o Caxinas, no escalão de juniores (sub-20), tive oportunidade de fazer uma entrevista com o Seleccionador Nacional de formação de futsal, que publico na íntegra.

Tive contacto, este ano, com este campeonato de sub-20, que considero em êxito, em boa hora criado pela Federação. Gostaria de conhecer a sua apreciação, na qualidade de seleccionador. Como analisa, este ponto a que ser conseguiu (já) alcançar ?

Este campeonato, é disputado por equipas constituídas maioritariamente com atletas sub-19, tendo direito, cada equipa, a jogar com cinco atletas sub-20. O campeonato de sub-20 é o culminar do processo da formação de atletas jovens de futsal. Tem sido e foi uma aposta forte da Federação Portuguesa de Futebol, incluir aqui cinco jogadores de sub-20, naquele que seria o seu primeiro ano de seniores, no qual, não teriam grande oportunidade de crescer, incluídos num plantel de seniores, no seu primeiro ano. Aqui têm mais um ano de competição, com excelente nível, para poderem evoluir e crescer e depois, sim, estarem preparados e para os clubes os poderem lançar nas suas competições e nas suas primeiras equipas.
A competição em si e globalmente, tem evoluído de encontro ao desejado por vós ? 

Após os primeiros três anos em que houve aquele equilibrar, em termos, de quadro competitivo, em termos, de equipas serem mais equilibradas, já se notou na fase final um equilíbrio muito maior. Esta fase final, disputada a oito equipas, foi extraordinariamente equilibrada. Houve equipas que não eram tão fortes na fase inicial do campeonato, que conseguiram para além de se classificar para a fase final, uma excelente prestação, como por exemplo o Contacto Futsal, que conquistou onze pontos nesta fase. Portanto, tem sido um crescimento sustentado da modalidade neste escalão.  

Esta evolução, que me atrevo a considerar um êxito, é uma surpresa para vós ?

Não é uma surpresa, porque nós três anos para que este equilíbrio acontecesse. tal como vai acontecer no campeonato sub-17, que vai entrar no próximo ano. Também, neste escalão, perspectivamos que passem três anos, até que se atinja este equilíbrio global do número de participantes que este campeonato vai ter. Para nós, é o crescimento natural para o que estava perspectivado a médio prazo.  
Ter estes jovens em competição e não parados nos plantéis seniores é para si, na qualidade de seleccionador, favorável ?

Para nós é claramente favorável. Há uma competição com excelente nível, como temos vindo a ver, os atletas estão mais preparados, os jogos são sempre muito mais equilibrados, não há o desequilíbrio que havia no distrital para apurar o campeão e só na última fase é que os jogos eram verdadeiramente equilibrados. Aqui não ! Aqui as equipas têm que mostrar competência, os atletas têm que mostrar competência, os treinadores conseguem avaliar, muito mais, a estabilidade emocional e de jogo que os atletas vão conseguindo ao longo do ano e esta fase final, está a ser extremamente forte e equilibrada.

Conseguindo este ponto da competição, em sua opinião, faltará ainda qualquer coisa ?

Na minha opinião seria muito útil que todos os clubes que têm equipas de sub-20, inscrevessem nas suas associações distritais, uma segunda equipa de jogadores mais jovens, mantendo essa equipa no escalão de juniores.

Duas equipas de juniores ? Exactamente. A equipa distrital, faria a passagem de atletas entre escalões. Sei que isso, acarretará mais despesas para os clubes e não será muito fácil, mas seria o ideal.

Entrevista de Manuel Pina
05 de Março de 2016

Inicio, este meu primeiro artigo,  com uma explicação pessoal.
Pelo respeito, à educação recebida de um homem perseguido pela PIDE, pela forma de pensar e de se expressar, “sou obrigado” a dar meu nome pessoal, a esta crónica de protesto pela “vergonha” que se passa no CHAMADO mas mentiroso Futsal de formação da AF Porto.
Ponderei, criar uma página do facebook para o efeito. Ponderei, criar um blogue. Mas as críticas devem ser feitas às claras e de corpo aberto, pois os cobardes, não têm direito a criticar.
Apenas, senti reservas, para não me conectarem com o Boavista Futebol Clube, mas o meu passado no futsal é suficiente para me assumir como independente na modalidade.
Pelo exposto, assumo e assino com o meu nome a critica (ou criticas) que passo a expor.
A aposta na formação na AF Porto, está completamente adulterada. Não por culpa da Associação, mas pela chico-expertisse de uns denominados, Dirigentes/treinadores que aproveitando a leveza dos regulamentos Federativos, deturpam a essência da complexa (parece ainda mais complexa, que eu pensava) missão de formar homens e atletas, com a importância de juntar “canecos” nas prateleiras das sedes sociais.
Chegar ao título é o fim, os meios para os atingir, são todos válidos!
Vamos a exemplos concretos.
O clube “A” disputa um campeonato de formação e no final de três meses de competição, compreende que não pode ultrapassar o clube “B”. que fazer? Simples! Basta ir buscar ao clube adversário, os seus melhores jogadores, desfalcando-o e assim, tornar possível ultrapassa-lo.
Mas se no final, a esses jogadores, fosse permitido uma evolução futura, ainda colocaria  dúvidas, na minha crítica. Mas tal, não acontece. Porque o atleta é (no momento forte no seu escalão) e vai ajudar a ganhar o campeonato, mas na época seguinte, será atleta de primeiro ano, no escalão superior… e nesse caso, NÃO PRESTA! Dado que o objectivo é ganhar! Os atletas de formação, passam a ser um pouco (desculpem-me o termo) como um preservativo, de usar e deitar fora!
Dando nome às coisas…
No escalão de Iniciados (repito…Iniciados) o Caxinas, segue em segundo lugar empatado com o Cohaemato, tendo perdido com o Boavista e empatado com o Cohaemato (ganhando na secretaria). As derrotas da Coehamato são com o Boavista e com o Caxinas na secretaria.
Já todos chegaram à conclusão que “ninguém vencerá estas duas equipas” nas últimas jornadas que faltam realizar. Então o Caxinas, convidou os três melhores jogadores do adversário a mudarem de clube! A Direcção da Coheamato, recusou e propôs a assinatura dos referidos atletas para a próxima época, tendo (através dos pais) estes recusado a assinatura. O Cohaemato pressionou os “seus” jogadores, mas acabou por fim, por ser pressionado.
Resultado final. O Caxinas, pagou a quantia de 100,00 euros por cada transferência (cumprindo os regulamentos) e levou os atletas.
Curiosamente, apetece-me rir, dentro de três jornadas as duas equipas vão-se defrontar, com os miúdos com outro emblema.
Por certo, com o Caxinas (reforçado) e o Cohaemato (desfalcado) a vitória vai sorrir aos Caxineiros, que assim conquistarão mais um caneco.
Brilhante, ou simplesmente, lamentável?
Tenho amigos, nas duas partes, o que me permite afirmar  que todo este processo  é lamentável.
Esta forma de actuar, adultera a verdade desportiva! Isto não é formação. Isto, raia a batota desportiva.
Mais grave ainda, não é caso virgem!
Há clubes a reclamar na AF Porto, sobre este caso e ameaçando parar com a formação. Vários clubes sabem, que os seus jogadores estão já (convidados/forçados) com o Caxinas.
Irei falar com dirigentes de clubes, para alicerçar a minha tese, mas sei, no momento, que o FC Gaia está a estudar parar com a formação e já avisou a Associação. O Boavista, tem conhecimento que dois jogadores de sub 20 (ainda agora começou a segunda fase) já foram contactados! Só no conjunto da formação axadrezada, estão nos planos de transferência – neste processo - mais de dezena e meia de atletas!
Conclusões. Quais as armas? O que fazer?
As armas utilizadas, são simples, mas muito graves, metendo terceiras pessoas.
Seleccionadores… (atenção eu disse seleccionadores). Aos atletas é garantido e não prometido, que passam de imediato, a fazer parte das convocatórias das respectivas seleções! E tal tem acontecido. Desconheço se eles evoluem (rapidamente) com os ares da praia ou se é pura coincidência.
A AF Porto, sente-se amarrada aos regulamentos (de pagamentos baixos de taxas de transferências) nestes processos. Há clubes que propõem uma espécie de carta de transferência voluntária, que, quando os  clubes não concordem com a transferência, a meio da época, onere muito a inscrição.   Essa inflação, seria distribuída pelas despesas com as respectivas seleções e uma parte a dividir entre clube e Associação.
Sei que a AF Porto, pondera, apresentar esta hipótese, na FPF, o que pode vir a prejudicar (involuntariamente) todos os clubes de outras Associações.
Na minha opinião, deveria optar-se numa solução imposta pela Federação de Voleibol (o andebol também tem regulamento especifico para este assunto).
O Voleibol, valoriza os atletas por anos de competição. Até aos infantis o atleta é livre de se transferir sem nada se pagar entre clubes, mesmo em desacordo, mas o atleta já tem o seu valor na sua ficha, que o segue durante toda a sua formação.
A partir daí, os Iniciados (este regulamento é válido para os dois sexos de atletas) para se transferirem têm que pagar 150.00 euros. Os Cadetes…300,00 euros e por aí adiante.
Para melhor exemplificar, se um atleta tiver formação a partir de mini-volei, quando chegar a júnior e se quiser transferir sem acordo entre clubes, o clube interessado na aquisição, terá que pagar mais de 2 000,00 euros (dois mil euros). Doze e meio por cento, desse valor rever-te para a Associação.
Outros doze e meio, para a Federação e os restantes setenta e cinco por cento, para o clube que perde o atleta.
Aqui estão salvaguardados todos os interesses dos clubes formadores e estabelecidas as “Regras de jogo”. Todos sabem, todos aceitam… todos as cumprem.
Com este regulamento, não se viola nenhuma lei europeia, apenas se regulamentam as coisas e se defende a verdade desportiva e a verdadeira formação.
Enquanto, nada se fizer sobre este assunto, no distrito do Porto reina a anarquia na formação, onde até já Infantis jogam com uma camisola, mas já pertencem a outros emblemas.
Verdade desportiva? Formação? Qual quê? o que interessa é o caneco!
Como nota final, há clubes que se preparam para comprar canecos para jogar entre si, deixando os outros canecos… para outros pseudo-formadores.

Vergonhoso!

Manuel Pina Ferreira

29 de Fevereiro de 2016

A UEFA e o FUTSAL


Continuo a defender a ideia, mesmo contrariando alguns amigos, adeptos e técnicos de futsal, que a UEFA, contínua distante e sem interesse em divulgar e fazer evoluir a modalidade.
Vou defender este meu ponto de vista  apresentando hoje, o meu parecer sobre os grupos e sua composição, a curto prazo debruçar-me-ei sobre o aspecto disciplinar, terminando, posteriormente, com a defesa da minha visão da falta de apoio e divulgação da UEFA sobre o futsal.

Nota: Não confundir com o trabalho que a FPF está a realizar em Portugal, que considero globalmente bom, criticando (apenas) o quadro competitivo actual.
Grupos de três equipas! - Uma autêntica aberração competitiva.
Fazer grupos de três equipas, é já por si, muito negativo, porque após a disputa do primeiro jogo do grupo, os destinos de duas equipas ficam praticamente definidos, na mesma data, em que um dos seus adversários,  nem chegou ao local da competição…
Para mais agravar esta situação, realiza-se uma antecipada escolha de “cabeças de série” onde se escolhe a terceira equipa, como “bombo da festa”.
Mas, como se não chegasse, elabora-se o calendário de forma que o “bombo da festa” dispute os dois primeiros jogos, deixando a “final do grupo para os dois “bons”! se tal não acontecesse, o “bombo da festa” poderia causar uma surpresa.
Tudo programado!
Se a intenção é fazer os jogos dos quartos-de-final intensos, o que compreendo, porque não realizar o Europeu com apenas oito seleções, enquanto a modalidade não evolui, para patamares que permitam o aparecimento de seleções mais evoluídas tecnicamente?
Sei, que nesta situação os dias de competição seriam menores e os “tempos livres” dos dirigentes Uefeiros em terras estrangeiras e bem pagos…seriam simultaneamente, menores.
Se a questão se coloca assim, devem então aceitar a presença de mais quatro “bombos da Festa” e completarem 4 grupos de quatro, apurando, na mesma os dois primeiros…”os bons”.
No caso, de serem somente as oitos equipas deveriam (poderiam) formar dois grupos de quatros e apurar os dois primeiros partindo de imediato para as meias-finais.
Aqui chegados, a questão que se coloca é a seguinte:
Se passados (tantos) anos ainda não existem na Europa mais que oito seleções dignas de participar, num campeonato Europeu… então a evolução é zero! Falando obviamente do trabalho da UEFA.
Não se enganem, caros amigos “futsalistas”. Este europeu, teve oito equipas dos “bons” mas o jogo entre Cazaquistão e Itália, pouco mais foi que um jogo entre brasileiros, o que só por si, demonstra a falta de trabalho da UEFA.
O caso da Itália é gritante. O até então Campão Europeu, continua sem conseguir ter jogadores italianos.
Porque não se consegue impor o futsal na Inglaterra, na Bélgica, na Alemanha, em França, etc… estou a falar de competição a sério e exigente?
Termino, com muita mágoa, a afirmar a UEFA, pouco ou nada, liga ao Futsal!

25.Fev.2016

Carta Aberta
Ao Seleccionador Nacional de sub 19 de futsal,
Senhor Pedro Palas

Exmº Senhor
Todo o respeito, que devemos ter, pelos responsáveis de qualquer Organismo ou Instituição, não nos corta, nem limita, o direito, à nossa opinião e à nossa análise de avaliação crítica sobre vários aspectos.
Dentro deste (meu) espírito de observador/crítico, sinto-me obrigado a questionar a convocatória tornada pública, para a Selecção Nacional de Futsal no escalão de sub 19, para os dois jogos com a Hungria.
Como é possível, que uma equipa, que na época anterior, venceu categoricamente (reconhecido por todos os adversários) a Taça Nacional de Juniores, que esta época, se classificou em primeiro lugar na zona Norte, do Campeonato Nacional de juniores, não tenha (um único) jogador convocado para esta selecção?
Quem vê, esta equipa jogar com a intensidade que joga, serve como exemplo, os jogos que disputou recentemente, com Benfica e Sporting (Jorge Monteiro, técnico do Sporting elogiou publicamente) não pode deixar de ficar, mais que admirado, mesmo espantado, por não haver um único elemento convocado?
Não tenho arcaboiço técnico, para discutir com o Seleccionador Nacional do escalão, Pedro Palas, sobre esta matéria, mas tenho conhecimento suficiente de futsal, para questionar o seguinte:
Será que o futsal que o Boavista pratica, de grande intensidade e alegria, de golos de grande entrega, não será o futsal do futuro, ou melhor dizendo, o sistema que pode salvar o futsal?
O Senhor Pedro Palas, conjuntamente com todo o sector técnico da Federação, têm com certeza absoluta, absoluta da aposta que os americanos vão realizar na modalidade, transportando-a para um patamar equivalente ao NBA (as pessoas que lideram o projecto, são são as mesmas)
Não espere o “povo” do futsal, que eles promovam este jogo actual, feito de passes laterais a atrasados, para se voltar a passar, entre os nosso jogadores, a bola até o adversário adormecer…
Este sistema, não garante o futuro e,a muita gente está a retirar (por mais que custe a muitos reconhecer) muita gente, dos pavilhões. O público quer alegria, disputa de bola, emoção e golos!
Se a aposta da nossa selecção é continuar com este sistema (já) caduco…tudo bem, tenho que concordar que nenhum jogador do Boavista lhes “servirá” para convocar. Mas, mesmo aqui, coloco a pergunta. E porque se convocam tantos do Sporting? É que no sábado assisti ao jogo entre Boavista e Sporting ( desconheço se o senhor Pedro Palas, esteve presente) e vi os atletas do Sporting jogarem como joga o Boavista…isto é o futsal espectáculo que vai garantir o futuro da modalidade.
Sendo assim, e para terminar, questiono por que razões (vou dar apenas quatro exemplos, mas felizmente, pelos lados do Bessa há mais) não se convocam: Ruben Braga, um homem desequilibrador e que tem no sangue a irreverencia do irmão? Porque não se convoca nenhum dos  atletas, Bruno Santos, Saraiva ou Bébe, jogadores de equipa, de velocidade e entrega total ?
Senhor Pedro Palas, gostaria muito de ver explicada tal opção. Mas, desde já lhe posso garantir , todos os adeptos de futsal estranham esta exclusão de atletas do Boavista Futebol Clube. Espero que no futuro, tal não se repita, porque, acredite, este conjunto de jogadores (que não classifica com valor para a selecção) vai estar presente nas meias-finais do Nacional de sub 20 e vão construir a base de espectáculo do futsal que se quer para o futuro.
Não valorizar este (estilo) sistema de jogo e apostar no jogo do “adormecimento” vai levar Portugal a afundar-se na tabela europeia de futsal…
É que Ricardinho (um desalinhado do sistema) infelizmente… não é Eterno!

Manuel Pina Ferreira

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