FERNANDA PIÇARRA



TERÇA-FEIRA, 12 DE FEVEREIRO DE 2013


CAMINHANDO ...EM CONJUNTO Por Fernanda Piçarra


Caminhando... em conjunto
A seguir ao Mundial de Azeméis afirmou-se que a partir daquele evento nada iria ser como dantes. Um exemplo disso foi a organização da final da Taça AF Lisboa. Conferência de imprensa antes do jogo, media a dar visibilidade, bancadas cheias, presidentes e muita gente ligada a equipas masculinas de futsal a ver o jogo. Mais uma grande promoção ao futsal no feminino demonstrando que vale a pena investir na visibilidade e na competitividade dos quadros competitivos, pena é que o jogo não tenha tido transmissão.
No dia seguinte, na Bola TV, foi bom ver o jogo e o futsal no feminino destacados mas o melhor foi mesmo ouvir as mensagens que foram dadas. O jornalista Pedro Mendonça a reforçar a necessidade de apoio financeiro às equipas que irão participar no Campeonato Nacional e Alípio Matos a referir que ter Campeonato Nacional é muito bom mas é importante massificar a prática na formação, da quantidade vem a qualidade.
É muito importante haver competitividade mas se esta não for alicerçada com um fomento da prática podemos correr o risco de nos acontecer o que já acontece noutras modalidades, como o Basquetebol e o Andebol, que têm Campeonatos Nacionais de seniores mas não têm distritais.
É importante para o futsal no feminino ter clubes como o Sporting CP e o SL Benfica, o próprio SL Benfica começou a dar mais visibilidade à equipa feminina de futsal a partir do momento em que se soube da entrada do Sporting, a massificação da prática depende dos clubes chamados "pequenos" e do desporto escolar, se esses clubes forem asfixiados porque, como acontece no masculino, os clubes "grandes" vão lá buscar as melhores jogadoras, se não houver formação e aumento de prática, corremos o risco dessa concentração acabar com muitos clubes e acabar com a grande força do futsal no feminino, os campeonatos distritais. Os denominados clubes grandes são importantes para a visibilidade mas se as "formiguinhas" não forem incentivadas a trabalhar, corremos o risco de acabar com a galinha dos ovos de ouro.
Temos de caminhar... em conjunto, não esquecendo que somos uma modalidade em crescimento e que dependemos de todos e todas para que possamos ser maior modalidade de pavilhão.





Dezembro de 2012 e Janeiro de 2013, dois meses históricos para o futsal no feminino?

Em Dezembro de 2012 tivemos o Torneio Mundial Feminino de Futsal de Azeméis que deu a conhecer ao país a qualidade da modalidade e da nossa seleção. Não constitui novidade a nomeação da seleção nacional entre as dez melhores do Mundo (masculinas e femininas) e a eleição da Ana Azevedo e Mélissa Antunes respectivamente como 3ª e 8ª melhores jogadoras do Mundo.
O futsal no feminino começou a ser visto com outros olhos e a frase "ninguém gosta do que não conhece" a fazer mais sentido do que nunca. A grande organização do evento mundial, aliada à grande prestação da equipa, à visibilidade mediática e ao anúncio do Campeonato Nacional em 2013/2014, poderão ter dissipado algumas duvidas (se elas ainda houvessem) e aí temos o anúncio da entrada do Sporting Clube Portugal com equipas femininas júnior e sénior para a próxima época.
Estes são momentos importantes que se devem relevar mas sem esquecer as debilidades da modalidade, a sua formação e a invisibilidade.
É importante que o campeonato nacional seja visível para os patrocinadores e que seja feita uma aposta na formação para que o crescimento seja estruturado. Basta olhar para o mapa para ver por onde começar...
Continua no próximo artigo.

SÁBADO, 19 DE JANEIRO DE 2013


O CAMINHO Por Fernanda Piçarra


Normalmente Janeiro seria o mês para começar a planear a próxima época. Perguntas simples como onde estamos, para onde queremos ir e, como o fazer, deviam fazer parte do planeamento de qualquer clube com equipas femininas de futsal.
A falta de estruturas sólidas faz com que os clubes dependam da vontade das jogadoras e/ou treinadore(a)s em querer, ou não, continuar "o projecto".
Os clubes que investem nas equipas femininas de futsal com projectos consolidados de formação deveriam ter apoio por parte da FPF, igualdade não se trata só de fazer escalões iguais para o feminino e masculino, mas também, em promover condições de prática de forma a aumentar o numero e a qualidade das atletas. Sem investimento não há desenvolvimento.



DOMINGO, 6 DE JANEIRO DE 2013

SEMPRE FUTSAL Por Fernanda Piçarra

Tenho de referir que é com grande orgulho que recebi o convite para escrever neste Blogue. Luís Manta é sem duvida uma referência do futsal nacional e foi um privilégio tê-lo tido como adversário, e colega, numa competição feminina de futsal. Vencer a Taça Nacional em 2009/2010, nas circunstâncias em que o fez,não é para todo(a)s.
Estamos em Janeiro de 2013, as Taças Nacionais de Futsal começam dentro de dois meses e ainda não se conhece a sua regulamentação. Sabemos que a atual direção da Federação Portuguesa de Futebol tem feito algumas mudanças, que em décadas não tinham sido feitas, mas é preciso que se tenha atenção ao seu timing. A alteração dos escalões no futsal feminino sem a respetiva preparação e falta de regulamentação atempada das Taças Nacionais são um exemplo que se deve tentar não repetir.
Bom ano 2013 a todos e todas. Unido(a)s por uma paixão: O FUTSAL!

Fernanda Piçarra
Treinadora de Futsal e Coordenadora das equipas femininas de Futsal do CRC Quinta dos Lombos

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