segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

A UEFA e o FUTSAL - Por Manuel Pina Ferreira


A UEFA e o FUTSAL

 
Continuo a defender a ideia, mesmo contrariando alguns amigos, adeptos e técnicos de futsal, que a UEFA, contínua distante e sem interesse em divulgar e fazer evoluir a modalidade.
Vou defender este meu ponto de vista  apresentando hoje, o meu parecer sobre os grupos e sua composição, a curto prazo debruçar-me-ei sobre o aspecto disciplinar, terminando, posteriormente, com a defesa da minha visão da falta de apoio e divulgação da UEFA sobre o futsal.

Nota: Não confundir com o trabalho que a FPF está a realizar em Portugal, que considero globalmente bom, criticando (apenas) o quadro competitivo actual.
Grupos de três equipas! - Uma autêntica aberração competitiva.
Fazer grupos de três equipas, é já por si, muito negativo, porque após a disputa do primeiro jogo do grupo, os destinos de duas equipas ficam praticamente definidos, na mesma data, em que um dos seus adversários,  nem chegou ao local da competição…
Para mais agravar esta situação, realiza-se uma antecipada escolha de “cabeças de série” onde se escolhe a terceira equipa, como “bombo da festa”.
Mas, como se não chegasse, elabora-se o calendário de forma que o “bombo da festa” dispute os dois primeiros jogos, deixando a “final do grupo para os dois “bons”! se tal não acontecesse, o “bombo da festa” poderia causar uma surpresa.
Tudo programado!
Se a intenção é fazer os jogos dos quartos-de-final intensos, o que compreendo, porque não realizar o Europeu com apenas oito seleções, enquanto a modalidade não evolui, para patamares que permitam o aparecimento de seleções mais evoluídas tecnicamente?
Sei, que nesta situação os dias de competição seriam menores e os “tempos livres” dos dirigentes Uefeiros em terras estrangeiras e bem pagos…seriam simultaneamente, menores.
Se a questão se coloca assim, devem então aceitar a presença de mais quatro “bombos da Festa” e completarem 4 grupos de quatro, apurando, na mesma os dois primeiros…”os bons”.
No caso, de serem somente as oitos equipas deveriam (poderiam) formar dois grupos de quatros e apurar os dois primeiros partindo de imediato para as meias-finais.
Aqui chegados, a questão que se coloca é a seguinte:
Se passados (tantos) anos ainda não existem na Europa mais que oito seleções dignas de participar, num campeonato Europeu… então a evolução é zero! Falando obviamente do trabalho da UEFA.
Não se enganem, caros amigos “futsalistas”. Este europeu, teve oito equipas dos “bons” mas o jogo entre Cazaquistão e Itália, pouco mais foi que um jogo entre brasileiros, o que só por si, demonstra a falta de trabalho da UEFA.
O caso da Itália é gritante. O até então Campão Europeu, continua sem conseguir ter jogadores italianos.
Porque não se consegue impor o futsal na Inglaterra, na Bélgica, na Alemanha, em França, etc… estou a falar de competição a sério e exigente?
Termino, com muita mágoa, a afirmar a UEFA, pouco ou nada, liga ao Futsal!

Manuel Pina Ferreira

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